Recorde que a ComissĂŁo de Gaming da BĂ©lgica, autoridade encarregada de regular e vigiar a indĂşstria no paĂs, declarou no passado mĂŞs de abril que as loot boxes sĂŁo equivalentes a jogos de cassino e como tal nĂŁo podem fazer parte de videojogos. Há poucos dias, a Blizzar, criadora de Overwatch, tinha anunciado que iria retirar suas loot boxes deste jogo e tambĂ©m de Heroes of the Storm no mercado belga. A empresa anunciou que nĂŁo concordava com a decisĂŁo, nem com a interpretação da lei que estava sendo feita pelas autoridades belgas, mas que se via forçada a aceitar.
Recordando a polĂŞmica
O fato da 2K convocar a força da opiniĂŁo pĂşblica para forçar seu ponto de vista seria inĂ©dita, na histĂłria desta “guerra das loot boxes” que já vem desde o ano passado. Overwatch (da Blizzard) havia sido precisamente um dos jogos que havia estado no centro da polĂŞmica, junto com Star Wars: Battlefront 2. Já em novembro de 2017 o ministro da Justiça da BĂ©lgica havia apelado aos restantes paĂses da UniĂŁo Europeia que declarassem as loot boxes ilegais.
Os jogos que apresentam funcionalidades que dĂŁo itens randomizados aos seus jogadores, mediante um “sorteio” determinado atravĂ©s de “odds” e de um software RGN (Gerador de NĂşmeros AleatĂłrios) semelhante aos das máquinas de caça-nĂquel, levou a fortes crĂticas, na mĂdia e por vários responsáveis polĂticos em vários paĂses. SĂł joga quem quer, fato, mas em todos os paĂses há fortes restrições aos jogos de azar para menores (e atĂ© para toda a população, como Ă© o caso do Brasil, onde sĂł acessando sites como o cassinosbrazil.com.br se pode jogar), e isso rapidamente chamou a atenção da opiniĂŁo pĂşblica.
Na contramĂŁo da indĂşstria
Ao longo desse ano, foram vários os episódios de desenvolvedoras que anunciaram a retirada de suas loot boxes ou até anunciaram novos jogos sem elas, querendo tirar partido de uma imagem diferente perante o mercado. Forza Motorsport 7 foi um dos casos em que a desenvolvedora acabou cedendo à pressão dos usuários.
Nesse caso, a 2K não só não está querendo desistir como até pretende resistir e virar o jogo, trazendo os usuários para o seu lado e usando-os como força de pressão a favor de suas loot boxes.
Um renomado jornalista da Forbes, Paul Tassi, relatava no primeiro semestre desse ano que essa história estava dando um bom episódio de como a pressão do público pode levar as empresas a adotar padrões de comportamento mais respeitáveis. Mas será que a 2K vai conseguir prolongar essa história?