RIME | Uma jornada intimista

RiME traz uma jornada única, intimista, com lindos gráficos e um belo trabalho sonoro

Quando a data de lançamento de RiME se aproximava, muitos anúncios sobre o game surgiam na minha linha do tempo. Eles ressaltavam a beleza do jogo, me convidando para embarcar em uma aventura cheia de desafios, para descobrir mais sobre uma ilha. Tudo isso com um trabalho gráfico esplendoroso.

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Eis que, com minha cópia em mãos, tive, enfim, oportunidade de jogar e poder avaliar se RiME, de fato, era o que se esperava dele. A proposta era de ser um jogo íntimo, que nos levasse à uma jornada pela memória do protagonista. Será que o título atingiu esse objetivo? Confira a resposta agora, em mais uma review do Jornada Geek!

O dia depois de amanhã

Em RiME, após uma tempestade torrencial, você acorda em uma ilha no mar mediterrâneo e sem nenhuma informação. Por qual caminho seguir? Quem é o protagonista do jogo? O que são essas luzes apontadas para o céu? Opa.. Melhor checar a origem delas! E assim começa nossa jornada…

Sem mapa para nos guiar e muitos puzzles para resolver, temos também um mistério que ronda todo o gameplay: quem é a figura misteriosa, que usa uma capa vermelha, e aparece em vários momentos do jogo e, quando nos aproximamos, desaparece?

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Assim segue a história: um garoto em uma ilha, explorando, encontrando segredos e se descobrindo. A narrativa é contada inteiramente sem textos, apenas com recursos visuais e musicais. Apesar de parecer vago em um primeiro momento, tudo que acontece torna-se mais claro a medida que você avança na história. É um game singleplayer, mas com um fator replay motivante, já que são muitos colecionáveis espalhados pelo mundo.

RiME
Foto: Divulgação

Esperteza em dia?

Uma outra coisa interessante em RiME é que toda a jogatina é baseada em puzzles. Para avançar no jogo, você vai explorar, encontrar um desafio e resolvê-lo. Ao meu ver, isso é um pouco cansativo, já que passamos o tempo inteiro buscando encontrar soluções para um determinado problema.

Para te ajudar, uma simpática raposa torna-se sua amiga, após ser “liberada”. Ela funciona como um guia, tanto para a história, como para a solução dos puzzles. Não que te dê às respostas ou te diga o que fazer, mas, de forma bem singela, como um latido, te mostra se aquele caminho é o mais adequado.

Além disso, o próprio cenário te dá dicas de objetos que possuem interatividade. Elementos em verde brilhante podem ser ativados por voz, enquanto os dourados/amarelos são para interação física, e vermelhos para interação na história. Cada ação corresponde à um botão no controle. Ajudando na exploração, marcas brancas nas beiradas de paredes e montanhas indicam que podemos escalar por aquela parte.

RiME
Foto: Divulgação

Audiovisual primoroso

Vejam só: RiME não tem a proposta de ser um AAA com gráficos ultra-realistas em 4K. A proposta foi construir um mundo animado, vivo e colorido, como uma criança pura costuma enxergá-lo. E assim temos um dos mais belos trabalhos em level design feitos na nova geração.

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Como eu disse ali em cima, o jogo não tem diálogos. A história é contada com recursos visuais e musicais. E a mensagem chega, clara e em “bom tom” para o jogador. Prova de que o título foi feito com cuidado e muito bem elaborado.

Por outro lado, no PlayStation 4 comum, notei pequenas quedas na taxa de quadros, que ocasionaram leves travamentos, principalmente em momentos de chuva.

RiME
Foto: Divulgação

Veredito

RiME chegou e cumpriu aquilo que prometeu. Traz uma jornada única, intimista, com lindos gráficos e um belo trabalho sonoro. Seu gameplay, no entanto, pode deixar a desejar por ser focado exclusivamente em puzzles e exploração, não agradando muita gente.

No entanto, nosso trabalho aqui não é julgar se o jogo foi feito para A ou B. É avaliar se cumpre aquilo que promete, se diverte e se agrega à indústria. E isso podemos garantir que sim!

RiME está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC, com preços variando entre R$ 55,99 e R$ 107,50. Uma versão para Nintendo Switch está prevista para chegar ainda este ano. A versão de Xbox atingiu 85 de média no Metacritic, enquanto a de PC, a bem menos avaliada, ficou com 77. A versão de PS4 levou 80.

Nota ótimo

*Review elaborado usando a versão de PS4 do jogo. Cópia fornecida pela desenvolvedora.

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Lucas Soares
Lucas Soares
Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem PS4, PSVR e PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, Red Dead Redemption 2 e The Last of Us completam o Top-5.

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