Classificação:
Na trama, situada 30 anos após os acontecimentos de “O Retorno de Jedi”, A Primeira Ordem, uma organização sombria iniciada após a queda de Darth Vader e do Império, está atualmente no poder. Em busca de concretizar o seu reinado e eliminar ameaças, eles também estão tentando descobrir o paradeiro do poderoso Jedi Luke Skywalker. Entretanto, para isso terão que enfrentar a Resistência, que é liderada por Leia, e também enfrentar outros obstáculos que vão surgindo de forma inesperada em seu caminho.
A primeira coisa que pode ser dita sobre O Despertar da Força é que ele consegue captar tudo o que a franquia Star Wars tem de melhor, com um roteiro que sabe canalizar o necessário e não enrolar muito para situar o espectador em cima de certos fatos. Entretanto, surpreende e também sabe ser nostálgico da forma correta ao introduzir os seus antigos personagens. Dito isso, o destaque em seguida vem para a direção de J.J. Abrams. A assinatura do cineasta é clara em um projeto que pode ser considerado tanto uma ficção, quanto um filme de ação. Afinal, como a sinopse já diz, uma nova organização tomou conta do poder. Ou seja, batalhas serão travadas, mas agora com uma influência clara do nome que está por trás das câmeras.
E com todas essas questões já comentadas, vem também o elenco da produção. Uma mistura de novo com o antigo, mas com espaço para todos. A trama é bem focada em suas necessidades, com desenvolvimentos interessantes de seus personagens. Em alguns casos o passado é entregue de bandeja, logo nos primeiros minutos, mas em outros os nomes vão evoluindo e apresentando fatos interessantes e que vão construindo deduções nos espectadores. O elenco jovem, liderado por John Boyega, Oscar Isaac e Daisy Ridley também garante o seu espaço ao lado dos nomes de peso para a franquia como Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill.
Obviamente, ainda existem os espaços para tantos outros coadjuvantes e muitos mistérios sobre o que está por vir através de outros nomes. Inclusive, Kylo Ren, interpretado por Adam Driver, não é o único grande nome dentro dessa primeira ordem. Ainda que use uma máscara e um cânone de Darth Vader gire sobre o personagem, é interessante observar principalmente a importância do General Hux, interpretado por Domhnall Gleeson, no decorrer das cenas.
E é exatamente com todos esses elementos e funções que uma coisa é muito fácil de constatar: O capítulo VII é aquele que o fã de Star Wars esperava há muito tempo. Mesmo sob grande pressão, J.J.Abrams conseguiu cumprir o seu papel e entregar um bom que tem os seus mistérios, mas também os elementos clássicos de uma franquia iniciada em 1977. Agora, em 2015, ele consegue recuperar uma áurea deixada para trás, com poucas falhas e uma grande mistura de sentimentos através das suas surpresas que vão se arrastando até a última cena.
Além disso, a presença dos novos nomes também é forte no roteiro. Eles são sim a nova geração de algo adorado por muitos e possuem os seus pontos fortes. São nomes carismáticos e que conseguem prender a atenção do público de forma necessária, criando curiosidades e também descobertas ao longo de tudo o que é mostrado. Obviamente, como também não poderia faltar, o gancho para a continuação já é plantado e aquele gosto de querer o episódio VIII para amanhã ficará marcado em qualquer fã, seja antigo ou novo. Uma espera que finalmente valeu a pena, um retorno memorável e uma grande comemoração para tudo o que está por vir. A força realmente despertou e o seu futuro é muito promissor.
