AS TARTARUGAS NINJA | EM DVD / BLU-RAY

As Tartarugas Ninja
As Tartarugas Ninja

São 30 anos de história formados por quadrinhos, brinquedos, desenhos animados, filmes e até uma série de TV estranha. Independente do formato, As Tartarugas Ninja sempre estavam por ali, chamando atenção de alguma forma. A fama foi grande com o estouro entre as décadas de 80 e 90 e muitas crianças daquela época passaram a acompanhar Leonardo, Raphael, Donatello e Michelangelo. Cada um deles com um estilo, uma forma de agir e um humor, mas que juntos formavam um quarteto de quelônios mutantes, que acima de tudo combatiam o mal com suas habilidades ninja. De lá pra cá todos os formatos citados foram abordados, sendo o mais recente uma série animada pelo canal  Nickelodeon, mas o mais famoso ficando no desenho que fez o sucesso ser absoluto. Entretanto, chegou o momento do retorno para o grande destaque através da tela grande.

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“Na trama desenvolvida, a cidade precisa de heróis. As trevas tomaram conta da cidade de New York com Destruidor e o Clã do Pé tendo controle sobre tudo, da polícia aos políticos. O futuro é sombrio, recheado de ameaças e criminalidade, até que um dia a jornalista April O’neil (Megan Fox) presencia um misterioso ato de coragem. Alguém impede uma ação da rede criminosa, mas sem deixar rastros. Sem provas do que presenciou, ela continua sua busca até o dia em que seu caminho acaba se cruzando com quatro irmãos, tartarugas, em busca de justiça, com um único objetivo: salvar a cidade em que vivem”.

Vale ressaltar alguns pontos sobre o projeto. Quando aconteceu o anúncio de um novo capítulo cinematográfico com Michael Bay na produção, muitos duvidaram. Os fãs se manifestaram através da internet com o rumor das possíveis mudanças que surgiram, expondo sua opinião e criticando o rumo que poderia ser abordado na origem dos nomes que faziam parte de suas lembranças. O ponto de vista foi refeito, a origem foi realmente mudada, mas trabalhando uma ligação ainda maior entre a jornalista, o quarteto e mestre Splinter.

Algumas delas conseguem ser supridas através do que é apresentado ao público. O clima de descontração do desenho é mesclado com a seriedade dos quadrinhos por todo o filme, mas ainda são os destaques do formato animado que roubam a cena. Para tal, as piadas acabam sempre sendo inseridas no contexto, lideradas obviamente por Michelangelo. Para a fotografia, o modo de captura muda em alguns momentos, buscando inovação e criando um balançar nos momentos em que a ação está acontecendo, mas sempre bem enquadrados e guiados pela direção. O maior destaque da parte técnica chega com os efeitos especiais. Com uma tecnologia nova para captura de movimentos e uma aplicação interessante para o 3D, a produção consegue o destaque necessário para o visual dos protagonistas nas situações em que são postos, abusando de forma eficiente de tal característica.

Quando o momento chega aos personagens humanos é  que as falhas começam a acontecer. Megan Fox pode ser uma bela mulher, até tenta convencer como uma jornalista investigativa, mas definitivamente ela não é April O’Neil. Seja pelo visual ou pela abordagem que a atriz tenta construir para a protagonista, as falhas acontecem. Ela sempre lembra uma donzela em perigo, não uma personagem que pode ser determinada mesmo nas circunstâncias mais impressionantes que acaba exposta. Infelizmente, ela ganha grande destaque na trama, deixando em certos pontos os próprios heróis de fora para uma evolução do roteiro. Contudo, quando as tartarugas surgem nas mesmas cenas, a atriz parece realmente deslocada do clima criado para o  projeto.

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Não é completamente através dos protagonistas que todo o desenvolvimento é construído, mas sem dúvida alguma são eles que fazem o tempo valer a pena. Com características bem definidas, as cenas exploram os aspectos da liderança de Leonardo, assim como a genialidade de Donatello, a bravura e teimosia que escondem os sentimentos de Raphael e o humor de Michelangelo, tendo o último um destaque merecido e hilariante. Elas realmente estão ali, em uma produção que pode honrar os seus nomes e sucesso, mesmo com imperfeições. Em alguns momentos tudo parece repetitivo, mas ainda assim vale a pena. Além disso, o roteiro acerta em não introduzir todos os nomes, deixando Casey Jones, Bebop e Rocksteady para o futuro. Um filme para o mais puro entretenimento, com uma pegada mais infanto-juvenil, recheado de emoções e da conduta moral dos quelônios: sempre trabalhar em equipe, como uma verdadeira família.

Classificação:
Bom

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Marco Victor
Marco Victor
Amante de filmes, séries e games, criou o Jornada Geek em 2011. Em 2012 se formou em Jornalismo pela UniAcademia, e a partir de então passou a fazer cursos com foco em uma especialização em SEO. Atualmente é responsável por desenvolver conteúdos diários para o site com focos em textos originais e notícias sobre as produções em andamento. Considera Sons of Anarchy algo inesquecível ao lado de 24 Horas, Vikings e The Big Bang Theory. Espera ansioso por qualquer filme de herói, conseguindo viver em um mundo em que você possa amar Marvel e DC ao mesmo tempo.

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